Logo   após o 18 Brumário (9 de novembro de 1799), quando Napoleão   se fizera o Primeiro-Cônsul da República Francesa, reuniu-se, na   noite de de 31 de dezembro de 1799, no coração da latinidade,   nas Esferas Superiores, grande assembléia de Espíritos sábios   e benevolentes, para marcarem a entrada significativa do novo século.
 
  Antigas personalidades de Roma Imperial, pontífices e guerreiros das   Gálias, figuras notáveis da Espanha, ali se congregavam à   espera do expressivo acontecimento.
 
  Legiões de Césares, com seus estandartes, falanges de batalhadores   do mundo gaulês e grupos de pioneiros da evolução hispânica,   associados a múltiplos representantes das Américas, guardavam   linhas simbólicas de posição de destaque.
 
  Mas não somente os latinos se faziam representantes no grande conclave.   Gregos ilustres, lembrando as confabulações da Acrópole   gloriosa, israelitas famosos, recordando o Templo de Jerusalém, deputações   eslavas e germânicas, grandes vultos da Inglaterra, sábios chineses,   filósofos hindus, teólogos budistas, sacrificadores das divindades   olímpicas, renomados sacerdotes da Igreja Romana e continuadores de Maomet   ali se mostravam, como em vasta convocação de forças da   ciência e da cultura da Humanidade.
 
  No concerto das brilhantes delegações que aí formavam,   com toda a sua fulguração representativa, surgiam Espíritos   de velhos batalhadores do progresso que voltariam à liça carnal   ou que a seguiriam, de perto, para o combate à ignorância e à   miséria, na laboriosa preparação da nova era da fraternidade   e da luz.
 
  No deslumbramento espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência   de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles,   Apolônio de Tiana, Orígenes, Hipócrates, Agostinho, Fènelon,   Giordano Bruno, Tomás de Aquino, S. Luis de França, Vicente de   Paulo, Joanna D'Arc, Teresa D'Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Spinoza, Erasmo,   Milton, Cristóvão Colombo, Gutenberg, Galileu, Pascal, Swedenborg   e Dante Alighieri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da   renovação terrestre; e, em plano menos brilhante, encontravam-se,   no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muitos dos   ilustres guilhotinados da Revolução, quais Luis XVI, Maria Antonieta,   Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camille Desmoulins,   e grandes vultos como Voltaire e Rosseau.
 
  Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis   clarins soaram na direção do plano carnal e, em breves instantes,   do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergia,   sob a custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras,   que pareciam estranhas e vacilantes, confrontadas com as feéricas irradiações   do palácio festivo.
 
  Era um grupo de almas, ainda encarnadas, que, constrangidas pela Organização   Celeste, remontavam à vida espiritual, para reafirmação   de compromissos.
 
  À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos   os circunstantes. Era bem o grande corso, com seus trajes habituais e com seu   chapéu característico.
 
  Recebido por diversas figuras da Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe   apoio e auxílio, o vencedor da Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de   antemão, lhe fora preparada.
 
  Entre aqueles que o seguiam, na singular excursão, encontravam-se respeitáveis   autoridades reencarnadas no Planeta, como Beethoven, Ampere, Fúlton,   Faraday, Goethe, João Dálton, Pestalozzi, Pio VII, além   de muitos outros campeões da prosperidade e da independência do   mundo.
 
  Acanhados no veículo espiritual que os prendia à carne terrestre,   quase todos os recém-vindos banhavam-se em lágrimas de alegria   e emoção.
 
  O Primeiro-Cônsul da França, porém, trazia os olhos enxutos,   nã obstante a extrema palidez que lhe cobria a face. Recebendo o louvor   de várias legiões, limitava-se a responder com acenos discretos,   quando os clarins ressoaram, de modo diverso, como se se pusessem a voa para   os cimos, no rumo do imenso infinito...
 
  Imediatamente uma estrada de luz, à maneira de ponte levadiça,   projetou-se do Céu, ligando-se ao castelo prodigioso, dando passagem   a inúmeras estrelas resplendentes.
 
  Em alcançando o solo delicado, contudo, esses astros se transformavam   em seres humanos, nimbados de claridade celestial.
 
  Dentre todos, no entanto, um deles avultava em superioridade e beleza. Tiara   rutilante brilhava-lhe na cabeça, como que a aureolar-lhe de bênçãos   o olhar magnânimo, cheio de atração e doçura. Na   destra, guardava um cetro dourado, a recamar-se de sublimes cintilações...
 
  Musicistas invisíveis, através dos zéfiros que passavam   apressados, prorromperam num cântico de hosanas sem palavras articuladas.
 
  A multidão mostrou profunda reverência, ajoelhando-se muitos dos   sábios e guerreiros, artistas e pensadores, enquanto todos os pendões   dos vexilários arriavam silenciosos, em sinal de respeito.
 
  Foi então que o grande corso se pôs em lágrimas e, levantando-se,   avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia   o báculo de ouro, postando-se, genuflexo, diante dele.
 
  O celeste emissário, sorrindo com naturalidade, ergueu-o, de pronto,   e procurava abraçá-lo, quando o Céu pareceu abrir-se diante   de todos, e uma voz enérgica e doce, forte como a ventania e veludosa   como a ignorada melodia da fonte, exclamou para napoleão, que parecia   eletrizado de pavor e júbilo, ao mesmo tempo:
  
  "- Irmão e amigo ouve a Verdade, que te fala em meu espírito!   Eis-te à frente do Apóstolo da fé, que, sob a égide   do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento...
  César ontem, e hoje orientador, rende o culto de tua veneração,   ante o pontífice da luz! Renova, perante o Evangelho, o compromisso de   auxiliar-lhe a obra renascente!...
  Aqui se congregam conosco lidadores de todas as épocas. Patriotas de   Roma e das Gálias, generais e soldados que te acompanharam nos conflitos   da Farsália, de Tapso e de Munda, remanescentes das batalhas de Gergóvia   e de Alésia aqui te surpreendem com simpatia e expectação...Antigamente,   no trono absoluto, pretendias-te descendente dos deuses para dominar a Terra   e aniquilar os inimigos... Agora, porém, o Supremo Senhor concedeu-te   por berço uma ilha perdida no mar, para que te não esqueças   da pequenez humana e determinou voltasses ao coração do povo que   outrora humilhaste e escarneceste, a fim de que lhe garantas a missão   gigantesca, junto da Humanidade, no século que vamos iniciar.
  Colocado pela Sabedoria Celeste na condição de timoneiro da ordem,   no mar de sangue da Revolução, não olvides o mandato para   o qual foste escolhido.
  Não acredites que as vitórias das quais foste investido para o   Consulado devam ser atribuídas exclusivamente ao teu gênio militar   e político. A Vontade do Senhor expressa-se nas circunstâncias   da Vida. Unge-te de coragem para governar sem ambição e reger   sem ódio. Recorre à oração e à humildade   para que te não arrojes aos precipícios da tirania e da violência!...
  Indicado para consolidar a paz e a segurança, necessárias ao êxito   do abnegado apóstolo que descortinará a era nova, serás   visitado pelas monstruosas tentações do poder.
  Não te fascines pela vaidade que buscará coroar-te a fronte...   Lembra-te de que o sofrimento do povo francês, perseguido pelos flagelos   da guerra civil, é o preço da liberdade humana que deves defender,   até o sacrifício. Não te macules com a escravidão   dos povos fracos e oprimidos e nem enlameies os teus compromissos com o exclusivismo   e com a vingança!...
  Recorda que, obedecendo a injunções do pretérito, renasceste   para garantir o ministério espiritual do discípulo de Jesus que   regressa à experiência terrestre, e vale-te da oportunidade para   santificar os excelsos princípios da bondade e do perdão, do serviço   e da fraternidade do Cordeiro de Deus, que nos ouve em seu gloriosos sólio   de sabedoria e de amor!
  Se honrares as tuas promessas, terminarás a missão com o reconhecimento   da posteridade e escalarás horizontes mais altos da vida, mas, se as   tuas responsabilidades forem menosprezadas, sombrias aflições   amontoar-se-ão sobre as tuas horas, que passarão a ser gemidos   escuros em extenso deserto...
  Dentro do novo século, começaremos a preparação   do terceiro milênio do Cristianismo na Terra.
  Novas concepções de liberdade surgirão para os homens,   a Ciência erguer-se-á a indefiníveis culminâncias,   as nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e   p tráfico de criaturas livres e a religião desatará os   grilhões do pensamento que, até hoje, encarceram as melhores aspirações   da alma no inferno sem perdão!...
  Confiamos, pois, ao teu espírito valoroso a governança política   dos novos eventos e que o Senhor te abençoe!..."
 
  Cânticos de alegria e esperança anunciaram nos céus a chegada   do século XIX e, enquanto o Espírito da Verdade, seguido por várias   coortes resplandecentes, voltavam para o Alto, a inolvidável assembléia   se dissolvia...
 
  O apóstolo que seria Allan Kardec, sustentado Napoleão nos braços,   conchegou-o de encontro ao peito e acompanhou-o, bondosamente, até religá-lo   ao corpo de carne, no próprio leito.
 
  Em 03 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação renascia num   abençoado lar de Lião, mas o Primeiro-Cônsul da República   Francesa, assim que se viu desembaraçado da influência benéfica   do Espírito de Allan Kardec e de seus cooperadores, que retomavam, pouco   a pouco, a integração com a carne, confiantes e otimistas, engalanou-se   com a púrpura do mando e, embriagado de poder, proclamou-se Imperador,   em 18 de maio de 1804, ordenando a Pio VII viesse coroá-lo em Paris.
 
  Napoleão, contudo, convertendo celestes concessões em aventuras   sanguinolentas, foi apressadamente situado, por determinação do   Alto, na solidão curativa de Santa Helena, onde esperou a morte, enquanto   Allan Kardec, apagando a própria grandeza, na humildade de um mestre-escola,   muita vez atormentado e desiludido com simples homem do povo, deu integral cumprimento   à divina missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita   cristã, que, gradativamente, será considerada em todos os quadrantes   do orbe como a sublime renascença da luz para o mundo inteiro.
  
  (do livro Cartas e Crônicas, cap. 28 pp 121 a 127 - edição   FEB - Francisco Cândido Xavier/Irmão X - Espírito)
 
  O grande Espírito do Apóstolo Tomé já estava,   a esse tempo, no mundo, onde reencarnou a 3 de outubro de 1804, com a excelsa   missão de codificar o Espiritismo.(...)
 
  (do livro Universo e Vida, cap. 09 p 138 - edição FEB - Hernani   T. Santana/Àureo - Espírito - 1ª edição)sexta-feira, 26 de junho de 2009
Kardec e Napoleão
Logo   após o 18 Brumário (9 de novembro de 1799), quando Napoleão   se fizera o Primeiro-Cônsul da República Francesa, reuniu-se, na   noite de de 31 de dezembro de 1799, no coração da latinidade,   nas Esferas Superiores, grande assembléia de Espíritos sábios   e benevolentes, para marcarem a entrada significativa do novo século.
 
  Antigas personalidades de Roma Imperial, pontífices e guerreiros das   Gálias, figuras notáveis da Espanha, ali se congregavam à   espera do expressivo acontecimento.
 
  Legiões de Césares, com seus estandartes, falanges de batalhadores   do mundo gaulês e grupos de pioneiros da evolução hispânica,   associados a múltiplos representantes das Américas, guardavam   linhas simbólicas de posição de destaque.
 
  Mas não somente os latinos se faziam representantes no grande conclave.   Gregos ilustres, lembrando as confabulações da Acrópole   gloriosa, israelitas famosos, recordando o Templo de Jerusalém, deputações   eslavas e germânicas, grandes vultos da Inglaterra, sábios chineses,   filósofos hindus, teólogos budistas, sacrificadores das divindades   olímpicas, renomados sacerdotes da Igreja Romana e continuadores de Maomet   ali se mostravam, como em vasta convocação de forças da   ciência e da cultura da Humanidade.
 
  No concerto das brilhantes delegações que aí formavam,   com toda a sua fulguração representativa, surgiam Espíritos   de velhos batalhadores do progresso que voltariam à liça carnal   ou que a seguiriam, de perto, para o combate à ignorância e à   miséria, na laboriosa preparação da nova era da fraternidade   e da luz.
 
  No deslumbramento espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência   de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles,   Apolônio de Tiana, Orígenes, Hipócrates, Agostinho, Fènelon,   Giordano Bruno, Tomás de Aquino, S. Luis de França, Vicente de   Paulo, Joanna D'Arc, Teresa D'Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Spinoza, Erasmo,   Milton, Cristóvão Colombo, Gutenberg, Galileu, Pascal, Swedenborg   e Dante Alighieri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da   renovação terrestre; e, em plano menos brilhante, encontravam-se,   no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muitos dos   ilustres guilhotinados da Revolução, quais Luis XVI, Maria Antonieta,   Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camille Desmoulins,   e grandes vultos como Voltaire e Rosseau.
 
  Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis   clarins soaram na direção do plano carnal e, em breves instantes,   do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergia,   sob a custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras,   que pareciam estranhas e vacilantes, confrontadas com as feéricas irradiações   do palácio festivo.
 
  Era um grupo de almas, ainda encarnadas, que, constrangidas pela Organização   Celeste, remontavam à vida espiritual, para reafirmação   de compromissos.
 
  À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos   os circunstantes. Era bem o grande corso, com seus trajes habituais e com seu   chapéu característico.
 
  Recebido por diversas figuras da Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe   apoio e auxílio, o vencedor da Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de   antemão, lhe fora preparada.
 
  Entre aqueles que o seguiam, na singular excursão, encontravam-se respeitáveis   autoridades reencarnadas no Planeta, como Beethoven, Ampere, Fúlton,   Faraday, Goethe, João Dálton, Pestalozzi, Pio VII, além   de muitos outros campeões da prosperidade e da independência do   mundo.
 
  Acanhados no veículo espiritual que os prendia à carne terrestre,   quase todos os recém-vindos banhavam-se em lágrimas de alegria   e emoção.
 
  O Primeiro-Cônsul da França, porém, trazia os olhos enxutos,   nã obstante a extrema palidez que lhe cobria a face. Recebendo o louvor   de várias legiões, limitava-se a responder com acenos discretos,   quando os clarins ressoaram, de modo diverso, como se se pusessem a voa para   os cimos, no rumo do imenso infinito...
 
  Imediatamente uma estrada de luz, à maneira de ponte levadiça,   projetou-se do Céu, ligando-se ao castelo prodigioso, dando passagem   a inúmeras estrelas resplendentes.
 
  Em alcançando o solo delicado, contudo, esses astros se transformavam   em seres humanos, nimbados de claridade celestial.
 
  Dentre todos, no entanto, um deles avultava em superioridade e beleza. Tiara   rutilante brilhava-lhe na cabeça, como que a aureolar-lhe de bênçãos   o olhar magnânimo, cheio de atração e doçura. Na   destra, guardava um cetro dourado, a recamar-se de sublimes cintilações...
 
  Musicistas invisíveis, através dos zéfiros que passavam   apressados, prorromperam num cântico de hosanas sem palavras articuladas.
 
  A multidão mostrou profunda reverência, ajoelhando-se muitos dos   sábios e guerreiros, artistas e pensadores, enquanto todos os pendões   dos vexilários arriavam silenciosos, em sinal de respeito.
 
  Foi então que o grande corso se pôs em lágrimas e, levantando-se,   avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia   o báculo de ouro, postando-se, genuflexo, diante dele.
 
  O celeste emissário, sorrindo com naturalidade, ergueu-o, de pronto,   e procurava abraçá-lo, quando o Céu pareceu abrir-se diante   de todos, e uma voz enérgica e doce, forte como a ventania e veludosa   como a ignorada melodia da fonte, exclamou para napoleão, que parecia   eletrizado de pavor e júbilo, ao mesmo tempo:
  
  "- Irmão e amigo ouve a Verdade, que te fala em meu espírito!   Eis-te à frente do Apóstolo da fé, que, sob a égide   do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento...
  César ontem, e hoje orientador, rende o culto de tua veneração,   ante o pontífice da luz! Renova, perante o Evangelho, o compromisso de   auxiliar-lhe a obra renascente!...
  Aqui se congregam conosco lidadores de todas as épocas. Patriotas de   Roma e das Gálias, generais e soldados que te acompanharam nos conflitos   da Farsália, de Tapso e de Munda, remanescentes das batalhas de Gergóvia   e de Alésia aqui te surpreendem com simpatia e expectação...Antigamente,   no trono absoluto, pretendias-te descendente dos deuses para dominar a Terra   e aniquilar os inimigos... Agora, porém, o Supremo Senhor concedeu-te   por berço uma ilha perdida no mar, para que te não esqueças   da pequenez humana e determinou voltasses ao coração do povo que   outrora humilhaste e escarneceste, a fim de que lhe garantas a missão   gigantesca, junto da Humanidade, no século que vamos iniciar.
  Colocado pela Sabedoria Celeste na condição de timoneiro da ordem,   no mar de sangue da Revolução, não olvides o mandato para   o qual foste escolhido.
  Não acredites que as vitórias das quais foste investido para o   Consulado devam ser atribuídas exclusivamente ao teu gênio militar   e político. A Vontade do Senhor expressa-se nas circunstâncias   da Vida. Unge-te de coragem para governar sem ambição e reger   sem ódio. Recorre à oração e à humildade   para que te não arrojes aos precipícios da tirania e da violência!...
  Indicado para consolidar a paz e a segurança, necessárias ao êxito   do abnegado apóstolo que descortinará a era nova, serás   visitado pelas monstruosas tentações do poder.
  Não te fascines pela vaidade que buscará coroar-te a fronte...   Lembra-te de que o sofrimento do povo francês, perseguido pelos flagelos   da guerra civil, é o preço da liberdade humana que deves defender,   até o sacrifício. Não te macules com a escravidão   dos povos fracos e oprimidos e nem enlameies os teus compromissos com o exclusivismo   e com a vingança!...
  Recorda que, obedecendo a injunções do pretérito, renasceste   para garantir o ministério espiritual do discípulo de Jesus que   regressa à experiência terrestre, e vale-te da oportunidade para   santificar os excelsos princípios da bondade e do perdão, do serviço   e da fraternidade do Cordeiro de Deus, que nos ouve em seu gloriosos sólio   de sabedoria e de amor!
  Se honrares as tuas promessas, terminarás a missão com o reconhecimento   da posteridade e escalarás horizontes mais altos da vida, mas, se as   tuas responsabilidades forem menosprezadas, sombrias aflições   amontoar-se-ão sobre as tuas horas, que passarão a ser gemidos   escuros em extenso deserto...
  Dentro do novo século, começaremos a preparação   do terceiro milênio do Cristianismo na Terra.
  Novas concepções de liberdade surgirão para os homens,   a Ciência erguer-se-á a indefiníveis culminâncias,   as nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e   p tráfico de criaturas livres e a religião desatará os   grilhões do pensamento que, até hoje, encarceram as melhores aspirações   da alma no inferno sem perdão!...
  Confiamos, pois, ao teu espírito valoroso a governança política   dos novos eventos e que o Senhor te abençoe!..."
 
  Cânticos de alegria e esperança anunciaram nos céus a chegada   do século XIX e, enquanto o Espírito da Verdade, seguido por várias   coortes resplandecentes, voltavam para o Alto, a inolvidável assembléia   se dissolvia...
 
  O apóstolo que seria Allan Kardec, sustentado Napoleão nos braços,   conchegou-o de encontro ao peito e acompanhou-o, bondosamente, até religá-lo   ao corpo de carne, no próprio leito.
 
  Em 03 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação renascia num   abençoado lar de Lião, mas o Primeiro-Cônsul da República   Francesa, assim que se viu desembaraçado da influência benéfica   do Espírito de Allan Kardec e de seus cooperadores, que retomavam, pouco   a pouco, a integração com a carne, confiantes e otimistas, engalanou-se   com a púrpura do mando e, embriagado de poder, proclamou-se Imperador,   em 18 de maio de 1804, ordenando a Pio VII viesse coroá-lo em Paris.
 
  Napoleão, contudo, convertendo celestes concessões em aventuras   sanguinolentas, foi apressadamente situado, por determinação do   Alto, na solidão curativa de Santa Helena, onde esperou a morte, enquanto   Allan Kardec, apagando a própria grandeza, na humildade de um mestre-escola,   muita vez atormentado e desiludido com simples homem do povo, deu integral cumprimento   à divina missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita   cristã, que, gradativamente, será considerada em todos os quadrantes   do orbe como a sublime renascença da luz para o mundo inteiro.
  
  (do livro Cartas e Crônicas, cap. 28 pp 121 a 127 - edição   FEB - Francisco Cândido Xavier/Irmão X - Espírito)
 
  O grande Espírito do Apóstolo Tomé já estava,   a esse tempo, no mundo, onde reencarnou a 3 de outubro de 1804, com a excelsa   missão de codificar o Espiritismo.(...)
 
  (do livro Universo e Vida, cap. 09 p 138 - edição FEB - Hernani   T. Santana/Àureo - Espírito - 1ª edição). Minissérie da Globo com temática espírita
CINCO LEMBRETES ANTI-SUICÍDIO
A morte não significa o fim da vida, mas somente uma passagem para uma outra vida: a espiritual.
2. Os problemas não acabam com a morte.
Eles são provas ou expiações, que nos possibilitam a evolução espiritual, quando os enfrentamos com coragem e serenidade. Quem acredita estar escapando dos problemas pela porta do suicídio está somente adiando a situação.
3. O sofrimento não acaba com a morte.
O suicídio só faz aumentar o sofrimento. Os espíritos de suicidas que puderam se comunicar conosco descrevem as dores terríveis que tiveram de sofrer, ao adentrar o Mundo Espiritual, devido ao rompimento abrupto dos liames entre o Espírito e o corpo. Para alguns suicidas o desligamento é tão difícil, que eles chegam a sentir seu corpo se decompondo. Além disso, há o remorso por ter transgredido gravemente a lei de Deus, perante a qual suicidar-se equivale a cometer um assassinato.
4. A morte não apaga nossas falhas.
A responsabilidade pelas faltas cometidas é inevitável e intransferível. Elas permanecem em nossa consciência até que a reparemos.
5. A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação quando oferece a certeza da continuidade infinita da vida, que é tanto mais feliz quanto melhor suportamos as provas do presente.
livro: Palavras Simples, Verdades Profundas.
Rita Folker - EME Editora
MUITOS ESPÍRITAS ESTÃO DESENCARNANDO MAL
A culpa e os pesares        da consciência são maiores quanto melhor o homem sabe o que faz. Kardec        conclui primorosamente este ensinamento, afirmando que "a responsabilidade        é proporcional aos meios de que ele [o homem] dispõe para compreender o        bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído        que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se        entrega aos seus instintos" (1)
     Há uma        frase atribuída a Chico Xavier que diz o seguinte: "os espíritas estão        morrendo mal". De fato: "Muitos espíritas estão desencarnando em situações        deploráveis, recebendo socorro em sanatórios no Plano Maior da Vida em        virtude das péssimas condições morais e psíquicas em que se encontram."        (2) No livro Vozes do Grande Além, Sayão, um pioneiro do Espiritismo no        Brasil, afirma que "nas vastidões obscuras das esferas inferiores, choram        os soldados que perderam inadvertidamente a oportunidade da vitória. São        aqueles companheiros nossos que transitaram no luminoso carreiro da        Doutrina, exigindo baixasse o Céu até eles, sem coragem para o sacrifício        de se elevarem até o Céu. Permutando valores eternos pelo prato de        lentilhas da facilidade humana, precipitaram-se no velho rochedo da        desilusão." (3)
     Aos        espíritas sinceros e/ou simpatizantes do Espiritismo precisamos alertar:        "Ninguém tem o direito de acender uma candeia e ocultá-la sob o alqueire,        quando há o predomínio de sombras solicitando claridade". (4) Muitos        espíritas que, presunçosamente, se autoavaliam equilibrados estão        desencarnando muito mal. Nessas condições, estão os espíritas desonestos,        adúlteros, mentirosos, ambiciosos, mercantilistas inescrupulosos das obras        espíritas, os tirânicos dos Centros Espíritas, os que trabalham nas hostes        espíritas só para auferirem vantagens pessoais, os supostos médiuns que        ficam ricos com a venda de livros de baixíssimo nível doutrinário, etc.,        etc. Este último aspecto preocupa muito, pois, atualmente, existe uma        enxurrada de publicações de livros "psicografados" que não passam de        ficções de péssima qualidade. Livros com erros absurdos de gramática,        assuntos empolados, idéias desconexas, oriundas dos subprodutos de mentes        doentes, de médiuns e/ou supostos "espíritos", que visam tirar dinheiro        dos neófitos com a venda de tais entulhos antidoutrinários, mas que enchem        os olhos dos incautos pela imaginação fantasiosa.
            Insistentes, esses aparentes "psicógrafos" ou despreparados "espíritos"        estão construindo denso universo de sombras sobre o Projeto Kardeciano,        confundindo pessoas inexperientes, que batem à nossa porta em busca de        esclarecimento e consolação. Esses "médiuns" e/ou "espíritos inferiores"        ocultam, sob o empolamento (enganação), o vazio de suas idéias esquisitas.        Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, obscura, forçando a barra        para que pareça profunda.        
     Até        quando? Eis a questão! O tempo urge.      
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
     
        FONTES:
             (1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos,      Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, perg. 637           
   (2) Franco, Divaldo      Pereira. Tormentos da Obsessão, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de      Miranda, Bahia: Editora: Livraria Espírita Alvorada, 2006, 8ª edição
   (3) Xavier, Francisco      Cândido. Vozes do Grande Além, ditado por Espíritos diversos, Rio de      Janeiro: Ed FEB, 2 ª edição, 1974
   (4) Divaldo Pereira.      Tormentos da Obsessão, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda,      Bahia: Editora: Livraria Espírita Alvorada, 2006, 8ª edição        
Leia mais: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2010/03/muitos-espiritas-estao-desencarnando.html#ixzz0oaUxEII6
Ritos e Doutrina Espírita
Poderiam me ajudar?"
Marcos Inacio
Ademir Luiz Xavier Junior
As polêmicas envolvendo o Espiritismo
                                                                                                           Wellington Balbo – Bauru - SP
 
Na última semana foram duas polêmicas envolvendo o Espiritismo. A  primeira com  os jogadores do Santos Futebol Clube que se recusaram a entrar em  instituição  espírita para distribuição de ovos de páscoa. Os atletas merecidamente  foram  criticados pela opinião pública. Sem querer fizeram o espiritismo entrar  na  mídia esportiva. Foram debates acalorados em diversos programas e até  rasgados  elogios do comentarista Neto, da TV Bandeirantes, ao nosso querido Chico  Xavier.
  Como pode perceber o caro leitor, o feitiço virou contra o feiticeiro. A  segunda  e mais recente polêmica refere-se a ingênua reportagem da revista  SUPERINTERESSANTE tentando desmerecer a figura notável de Chico Xavier.  Obviamente não obtiveram êxito. A vida de Chico é um hino à verdade. Sem  contar  que o médium mineiro é cidadão do mundo, amado pelas pessoas  independentemente  de religião. Prova disso é o sucesso do filme sobre a sua vida que vem  lotando  os cinemas do Brasil. Chico é muito maior que essas querelas.  Constatamos que o  editor e a jornalista da SUPERINTERESSANTE foram muito inocentes na  elaboração  da matéria. Não pesquisaram e expuseram-se ao ridículo.
Sempre digo aos alunos: Vai estudar, menino! Vai estudar pra não falar  besteira!  Os responsáveis pela revista falaram muita besteira.
Aconselho-os: Vão estudar, vão estudar pra não escrever besteiras!
Os espíritas naturalmente mostraram indignação diante de tamanhas  abobrinhas.  Richard Simonetti, um dos grandes pensadores espíritas da atualidade,  tratou de  jogar luz no assunto e elaborou esclarecedora carta ao editor da  revista. A  manifestação do escritor bauruense está “voando baixo” pela internet.  Alamar  Régis e outros espíritas também manifestaram a opinião de forma  contundente  contra a reportagem.
Excelente essas manifestações, pois vemos a Doutrina Espírita recebendo  atenção.  Certamente inúmeras pessoas irão ler sobre as polêmicas e buscar  verificar quem  está com a razão. Quem sabe surgirão mais estudiosos das leis da vida  tão bem  explicadas pela espiritualidade.
A propósito, lembro-me de um comentário de Kardec que consta na obra  Viagem  Espírita em 1862. Narra o codificador que um pregador aventurou-se na  tribuna e  sem piedade levantou vozes contra o espiritismo. Pregava entusiasmado:  Espiritismo é coisa do demônio! Doutrina anticristã!
No entanto, a platéia que o escutava jamais ouvira falar de Doutrina  Espírita. O  desavisado pregador atiçou a curiosidade das pessoas presentes na  platéia para  conhecer o tal de Espiritismo. Conta Kardec que algum tempo depois  naquele local  nascia um grupo de estudos para conhecer a Doutrina Espírita que fora  tão mal  apresentada pelo orador.
As críticas infundadas e os absurdos que atualmente algumas pessoas  cometem  contra o Espiritismo irão alçá-lo cada vez mais ao patamar de destaque  que  merece, porquanto os críticos serão combatidos e surpreendidos em suas  incoerências por estudiosos da doutrina codificada por Allan Kardec que,  diga-se  de passagem, jamais se calarão ante asneiras proferidas por palpiteiros  de  plantão.
Os atletas do Santos e jornalistas da SUPERINTERESSANTE obviamente não  sabem que  em sua ignorância, à semelhança daquele pregador desinformado, abriram  mais  janelas para a penetração das idéias que tentaram combater. Pela  excelência de  seus princípios o Espiritismo entrará por essas brechas abertas pelos  desavisados, quer eles queiram ou não. 
Fonte:www.garanhunsespirita.com.br
NOTA DE GARANHUNS ESPÍRITA: Reputamos de grande importância o artigo enviado por Sônia
A Propósito das Homenagens a Chico Xavier

por Cláudio Luciano
   Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? “Por  fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos.  Quando estes o quiserem, preponderarão.” (01)
"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas  boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (02)
  Muito se tem falado e escrito sobre as homenagens pelo centenário do nascimento  de Francisco Cândido Xavier: são artigos, palestras, filmes, eventos dos mais  diversos e em diversas partes do nosso país, quiçá do planeta. Alguns defendem  ardorosamente e outros a combatem como a uma praga.
Acho que o amigo leitor já deve ter percebido, pelas citações acima, a tendência  que seguirá este modesto artigo: sou a favor!
Vemos todos os dias, a criatura humana homenagear pessoas, encarnadas ou  desencarnadas, algumas notoriamente equivocadas em sua conduta. Vemos criminosos  serem admirados por seus feitos, como se fossem heróis, Hobins Hoods modernos.
Lembro bem que, há alguns anos, propuseram a construção de uma estátua para  Lampião, o Rei do Cangaço e foi a maior confusão, principalmente, porque um dos  soldados que participou da morte de Lampião ainda estava vivo (se ainda está,  não sei) e criticou duramente a idéia: homenagear um assassino!
Muito se tem dito que Chico “deve estar sofrendo com isso” — será mesmo? Alguém  já recebeu mensagens dele, dele mesmo (03), destaco, afirmando isso? Todos nós  sabemos que o Chico era e é muito humilde, mas isso não invalida a lembrança dos  seus feitos. Muito pelo contrário, vem reforçar a necessidade de divulgá-los  para todo o mundo.
Ora, é bastante curioso que vivemos reclamando que ninguém faz o bem, que só os  maus conseguem vitórias. A mídia, principalmente, adora divulgar tudo o que não  presta em nosso mundo e quando surge a oportunidade de divulgar a vida e a obra  de alguém que fez e faz realmente a diferença, surgem críticas de todos os  lados?
Terá Chico passado procuração para as pessoas falarem em nome dele dizendo que  não queria homenagens?
Quando encarnado, ele recebeu várias homenagens e não foi grosso com ninguém.  Soube ser humilde! O único cuidado que é preciso ter é com o endeusamento ao  médium. Isso deve passar longe de nossas mentes. Se fosse católico, já teria  sido canonizado como o segundo santo brasileiro, e como até os Espíritas têm  essa mania de endeusar médiuns, é preciso muito cuidado.
Homenagear Chico é mostrar ao mundo que existem pessoas boas que fazem o Bem  conforme os preceitos do Evangelho.
Homenagear Chico é mostrar ao mundo um corajoso e valoroso médium Espírita que o  mundo conheceu; que soube caminhar por entre pedras e espinhos, entre pessoas de  diversas classes, que não criticou a crença de ninguém e que, nem mesmo  desencarnado, deixa de ser alvo de críticas e o pior, dos próprios Espíritas!
O único senão, com o qual concordamos, é o custo dos eventos: têm de ser  barateados, caso contrário estaremos elitizando o Movimento Espírita. Não é  preciso realizar congressos em locais caríssimos sob o pretexto de conforto.  Eventos Espíritas tem de ser abertos ao público de todas as classes e ponto  final.
Fizeram um filme sobre Chico? Que bom! Deveriam fazer uns dez ou mais! Ora,  esta! Corremos ao cinema para assistir filmes de monstros, guerras, vampiros,  paixões de Cristo e não podemos ter um filme Espírita, por conta da humildade de  Chico? Todo ano, no mês de abril deveríamos comemorar o nascimento de Chico,  para que ninguém esqueça da sua história.
Quem não se lembra quando Fernando Collor de Melo o visitou? Teve gente  criticando o Chico por isso. Ainda mais essa! Quando artistas famosos o  visitavam? Tinha gente falando mal do Chico.
Se Chico tivesse sido um criminoso famoso, já teria vários filmes, peças, livros  e por ai vai.
Vamos sim, prestar homenagens ao Chico, um legítimo apóstolo de Jesus para que a  luz dele brilhe, como determinou Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante  dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que  está nos céus.”
A humildade é um anjo mudo, afirma André Luiz e o Chico sempre foi mudo, sempre  foi esse anjo!
Agora, será que deveríamos deixar em branco a lembrança de Chico somente porque  ele é humilde de coração? Então vamos esquecer também de Kardec, chamado por  Flamarion de “o bom senso encarnado” e não nos preocuparmos com a história do  Espiritismo no Brasil e no mundo, até que um dia alguém pergunte: quem foi esse  tal de Chico? Nunca ouvi falar! Vamos esquecer Bezerra, Yvonne Pereira e tantos  outros legítimos seguidores do Cristo de Deus?
Ou será que preferimos os heróis que morreram de overdose?



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