Por      Julio Capilé*
O conceito geral no Espiritismo é que todos somos médiuns. Uns mais, outros menos sensíveis. Aqueles que têm a mediunidade aflorada, isto é que é ostensiva, sofre perturbações de toda ordem. Isto porque a maioria dos espíritos à nossa volta, devido aos pensamentos, atos e atitudes mundanos, é atrasada. Não perturbam por maldade, mas por diversão. Os espíritos brincalhões têm permissão para fazer suas estripulias, porque o médium necessita de um chamamento. Se ele procurar um local ou pessoa entendida, que o oriente, tem um bom princípio. Estuda, educa a mediunidade e assim passa a ser um intermediário em benefício dos espíritos necessitados. É coisa simples, mas como muita gente desconhece, torna-se complicado. Se a pessoa ou seus familiares têm idéia preconcebida contra o Espiritismo segue caminhos tortuosos. Passa a percorrer consultórios, variando de médicos até chegar a um psiquiatra. Se este é de mente aberta até pode aceitar o fato da perturbação espiritual. Caso contrário, se a mediunidade é de vidência ou de audição, aplica a medicação dita heróica, isto é, forte bastante para acabar com a alucinação. Isto geralmente acontece com pessoas praticantes de religiões avessas à idéia da comunicabilidade entre vivos e mortos. Outras também não procuram o caminho certo por preconceito social ao notar que a maioria dos espíritas tem vida simples e despojada. Enfim, há várias circunstâncias em que a pessoa passa a vida toda sofrendo sem necessidade, pois a continuidade de atuação espiritual, lúdica ou maldosa, acaba por prejudicar o corpo físico do médium. Quando na espiritualidade, entre uma e outra reencarnação, nós escolhemos tanto o corpo físico, que nos proporcionará avanços na evolução, quanto as tarefas. Uma destas é a da mediunidade, missão que a pessoa escolheu por vários motivos e que se apresenta em um determinado momento da existência. Se a pessoa a exercer com boa vontade e desprendimento, avança rumo à perfeição. Caso não aceite pegar a tarefa que programou, sofre. O que seria uma bênção passa a ser um martírio. A vida passa, a velhice vai chegando e o tempo foi perdido. Pode-se objetar que os médiuns produtivos também sofrem principalmente incompreensões. Nesse caso, é porque têm o que resgatar e defeitos a extirpar, como por exemplo, orgulho e vaidade, milenarmente impregnados em seu psiquismo. Terá que se fazer humilde para ter boas companhias do Além. Caso contrário pode receber espíritos incentivadores do orgulho, caindo na autofascinação. Daí por diante não aceita corretivo, pois sempre dirá que o "guia" está dizendo o contrário do que seu orientador encarnado diz. Foge dos ensinamentos da Doutrina e do Evangelho. Como a mediunidade, geralmente, tem início na juventude, se a pessoa não exercê-la passará a vida com achaques. Depois da idade avançada não há mais como iniciar no trabalho, pois as próprias condições do corpo físico determinam limitações. Passou a vida sem realizar o que prometeu. Terá que reprogramar para outra encarnação, geralmente, com mais dificuldades que esta desperdiçada. Quem apresentar mediunidade procure, pois, um Centro Espírita, cuide dessa bênção com amor e dedicação. A vida será mais branda e terá amigos espirituais que o auxiliarão nas vicissitudes que surgirem. Estamos sempre envolvidos pela Divindade. Façamos por sentir Sua presença..
 *Médico. Escreve às 4ªs feiras no O Progresso.
 julio.capile@apis.com.br
   Fonte: http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=41740 
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
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. Minissérie da Globo com temática espírita
Mais  uma produção com temática  espírita chegará às telas de TV de todo o  Brasil. Após o sucesso da  novela “Escrito nas Estrelas”, de Elizabeth  Jhin, a Rede Globo  produzirá “A Cura”, de João Emanuel Carneiro. Com  data de início ainda  não divulgada, a minissérie será protagonizada por  Selton Mello. Na  produção, o ator dará vida a um médico “que se utiliza  de poderes  espirituais para ajudar na cura de seus pacientes”.
                        
                         CINCO LEMBRETES ANTI-SUICÍDIO
1. A vida não acaba com a morte.
A morte não significa o fim da vida, mas somente uma passagem para uma outra vida: a espiritual.
2. Os problemas não acabam com a morte.
Eles são provas ou expiações, que nos possibilitam a evolução espiritual, quando os enfrentamos com coragem e serenidade. Quem acredita estar escapando dos problemas pela porta do suicídio está somente adiando a situação.
3. O sofrimento não acaba com a morte.
O suicídio só faz aumentar o sofrimento. Os espíritos de suicidas que puderam se comunicar conosco descrevem as dores terríveis que tiveram de sofrer, ao adentrar o Mundo Espiritual, devido ao rompimento abrupto dos liames entre o Espírito e o corpo. Para alguns suicidas o desligamento é tão difícil, que eles chegam a sentir seu corpo se decompondo. Além disso, há o remorso por ter transgredido gravemente a lei de Deus, perante a qual suicidar-se equivale a cometer um assassinato.
4. A morte não apaga nossas falhas.
A responsabilidade pelas faltas cometidas é inevitável e intransferível. Elas permanecem em nossa consciência até que a reparemos.
5. A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação quando oferece a certeza da continuidade infinita da vida, que é tanto mais feliz quanto melhor suportamos as provas do presente.
livro: Palavras Simples, Verdades Profundas.
Rita Folker - EME Editora
A morte não significa o fim da vida, mas somente uma passagem para uma outra vida: a espiritual.
2. Os problemas não acabam com a morte.
Eles são provas ou expiações, que nos possibilitam a evolução espiritual, quando os enfrentamos com coragem e serenidade. Quem acredita estar escapando dos problemas pela porta do suicídio está somente adiando a situação.
3. O sofrimento não acaba com a morte.
O suicídio só faz aumentar o sofrimento. Os espíritos de suicidas que puderam se comunicar conosco descrevem as dores terríveis que tiveram de sofrer, ao adentrar o Mundo Espiritual, devido ao rompimento abrupto dos liames entre o Espírito e o corpo. Para alguns suicidas o desligamento é tão difícil, que eles chegam a sentir seu corpo se decompondo. Além disso, há o remorso por ter transgredido gravemente a lei de Deus, perante a qual suicidar-se equivale a cometer um assassinato.
4. A morte não apaga nossas falhas.
A responsabilidade pelas faltas cometidas é inevitável e intransferível. Elas permanecem em nossa consciência até que a reparemos.
5. A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação quando oferece a certeza da continuidade infinita da vida, que é tanto mais feliz quanto melhor suportamos as provas do presente.
livro: Palavras Simples, Verdades Profundas.
Rita Folker - EME Editora
MUITOS ESPÍRITAS ESTÃO DESENCARNANDO MAL
A culpa e os pesares        da consciência são maiores quanto melhor o homem sabe o que faz. Kardec        conclui primorosamente este ensinamento, afirmando que "a responsabilidade        é proporcional aos meios de que ele [o homem] dispõe para compreender o        bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído        que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se        entrega aos seus instintos" (1)
     Há uma        frase atribuída a Chico Xavier que diz o seguinte: "os espíritas estão        morrendo mal". De fato: "Muitos espíritas estão desencarnando em situações        deploráveis, recebendo socorro em sanatórios no Plano Maior da Vida em        virtude das péssimas condições morais e psíquicas em que se encontram."        (2) No livro Vozes do Grande Além, Sayão, um pioneiro do Espiritismo no        Brasil, afirma que "nas vastidões obscuras das esferas inferiores, choram        os soldados que perderam inadvertidamente a oportunidade da vitória. São        aqueles companheiros nossos que transitaram no luminoso carreiro da        Doutrina, exigindo baixasse o Céu até eles, sem coragem para o sacrifício        de se elevarem até o Céu. Permutando valores eternos pelo prato de        lentilhas da facilidade humana, precipitaram-se no velho rochedo da        desilusão." (3)
     Aos        espíritas sinceros e/ou simpatizantes do Espiritismo precisamos alertar:        "Ninguém tem o direito de acender uma candeia e ocultá-la sob o alqueire,        quando há o predomínio de sombras solicitando claridade". (4) Muitos        espíritas que, presunçosamente, se autoavaliam equilibrados estão        desencarnando muito mal. Nessas condições, estão os espíritas desonestos,        adúlteros, mentirosos, ambiciosos, mercantilistas inescrupulosos das obras        espíritas, os tirânicos dos Centros Espíritas, os que trabalham nas hostes        espíritas só para auferirem vantagens pessoais, os supostos médiuns que        ficam ricos com a venda de livros de baixíssimo nível doutrinário, etc.,        etc. Este último aspecto preocupa muito, pois, atualmente, existe uma        enxurrada de publicações de livros "psicografados" que não passam de        ficções de péssima qualidade. Livros com erros absurdos de gramática,        assuntos empolados, idéias desconexas, oriundas dos subprodutos de mentes        doentes, de médiuns e/ou supostos "espíritos", que visam tirar dinheiro        dos neófitos com a venda de tais entulhos antidoutrinários, mas que enchem        os olhos dos incautos pela imaginação fantasiosa.
            Insistentes, esses aparentes "psicógrafos" ou despreparados "espíritos"        estão construindo denso universo de sombras sobre o Projeto Kardeciano,        confundindo pessoas inexperientes, que batem à nossa porta em busca de        esclarecimento e consolação. Esses "médiuns" e/ou "espíritos inferiores"        ocultam, sob o empolamento (enganação), o vazio de suas idéias esquisitas.        Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, obscura, forçando a barra        para que pareça profunda.        
     Até        quando? Eis a questão! O tempo urge.      
              Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
     E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
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        FONTES:
             (1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos,      Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, perg. 637           
   (2) Franco, Divaldo      Pereira. Tormentos da Obsessão, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de      Miranda, Bahia: Editora: Livraria Espírita Alvorada, 2006, 8ª edição
   (3) Xavier, Francisco      Cândido. Vozes do Grande Além, ditado por Espíritos diversos, Rio de      Janeiro: Ed FEB, 2 ª edição, 1974
   (4) Divaldo Pereira.      Tormentos da Obsessão, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda,      Bahia: Editora: Livraria Espírita Alvorada, 2006, 8ª edição        
Leia mais: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2010/03/muitos-espiritas-estao-desencarnando.html#ixzz0oaUxEII6
Ritos e Doutrina Espírita
"(...) Será que vocês poderiam me explicar a  enquadração de alguns ritos como: Nascimento, Morte, Casamento, Puberdade,  Oração e Libertação na pratica da religião espírita.
Poderiam me ajudar?"
Marcos Inacio
   Poderiam me ajudar?"
Marcos Inacio
A respeito da questão que você propôs, avanço  aqui algumas considerações muito breves. Informações mais detalhadas você pode  conseguir na literatura espírita especializada (que você pode consultar  posteriormente). 
   De uma maneira bastante geral, o Espiritismo é  uma doutrina filosófica de implicações científicas, religiosas e filosóficas  (principalmente éticas). Não há, assim, dentro dele  uma "enquadrarão de ritos" como você se refere abaixo. 
   Na verdade, o que o Espiritismo procura fazer é  compreender a vida humana em seus múltiplos aspectos dentro de um ponto de vista  espiritualista, isto é, aquele que prevê a sobrevivência do ser ao fenômeno da  morte corporal e sua existência antes do ingresso nele, ou seja, do nascimento.  O objetivo fundamental do Espiritismo (assim como o de qualquer doutrina do  pensamento, ao menos em suas origens) é a felicidade do ser humano.  
   Assim, a doutrina espírita prevê que essa  felicidade é conseguida na razão direta em que conhecemos as coisas importantes  ao nosso redor, bem como soubermos aplicar esse conhecimento em favor de nós e  de nossos semelhantes. As fases a que você se referem são, assim, simplesmente  estágios da existência humana que devem ser compreendidos plenamente dentro de  uma visão do mundo (o que inclui todo o Universo) e não "ritualizados".  
   O nascimento é o regresso da alma à vida  corporal, regresso esse que não é único mas apenas um entre muitos já ocorridos  e que estão para ocorrer. 
   A morte é o regresso dessa mesma alma à vida  espiritual, fenômeno igualmente comum na vida maior do Espírito. 
   A puberdade é entendida dentro do conhecimento  fisiológico atual, bem como uma fase de amadurecimento do ser recém encarnado e  vivendo seus primeiros estágios de adaptação à difícil realidade do  mundo.
   O casamento de forma alguma constitui uma  instituição dentro da prática espírita. Trata-se apenas da união, segundo as  consciências de cada um, de dois seres que se reconheçam como devendo mútuas  responsabilidades por se amarem. Essa união, também, de maneira alguma deve ser  obrigatória já que a liberdade de consciência é um princípio fundamental, e  ninguém deve tê-la violada em nome de qualquer outra idéia secundária.  
   A oração é uma prática saudável de  relacionamento da criatura (que já dispõe de semelhante conhecimento para tal)  com seu criador e com outros seres (os Espíritos), mais próximos, visando o  equilíbrio do corpo espiritual que é fundamental para o equilíbrio e sucesso da  vida do ser. Esse equilíbrio é conseguido não somente pela prece mas igualmente  pelo ajuste das atividades do indivíduo segundo as práticas do bem.  
   Não existe nenhuma fórmula explícita para a  oração, nem número ou extensão, mas tem como quesito fundamental que seja  praticada com o coração acima de tudo. Isto quer dizer que o indivíduo deve  estar consciente de suas responsabilidades perante as faltas que houver cometido  contra os outros (se as tiver) antes de procurar qualquer ajuda divina.  
   Não existe, também, "troca de favores"  entre os homens e os Espíritos ou Deus. Os que assim pensam agir estão  mal informados a respeito da verdadeira relação que deve existir entre os  homens, Deus e os espíritos. 
   Finalmente, para dizer alguma coisa sobre a  "libertação" vou fazer uma interpretação pessoal dessa palavra. Libertar  significa restituir a liberdade aquele que se lhe foi subtraída. Se tratamos  aqui da liberdade do ser, esta se encontra em sua liberdade de ir e vir, pensar  e agir. Essa liberdade implica em certas Responsabilidades, já que ela tem um  limite traçado no lugar onde começa a liberdade alheia. 
   O ser (ou Espírito) adquire liberdade a medida  que ele evolui. Coincidentemente, ele também adquire felicidade. A evolução  espiritual da criatura é, assim, sinônimo desse ganho de liberdade. O  Espiritismo prescreve que isso é conseguido tão só (como disse) pelo ajuste dos  atos da criatura à regras do bem, da ética e da felicidade dos semelhantes.  
   Toda moral espírita resume-se, portanto, àquela  prescrita por Jesus em seus evangelhos e que foram resumidas pela regra áurea de  "não fazer aos outros aquilo que se não gostaria fosse  feito a si mesmo" acrescida do "amar  aos outros como assim mesmo". Por "outros" ou "próximos" o  Espiritismo entende todas as criaturas que estão próximas, ou seja, em contato  com o ser (e não aquelas que lhe são caras).
   Como Jesus ainda tenha acrescentado o  "assim como eu vos amei", a prática  desse amor tem como modelo o próprio Jesus. 
   O ponto fundamental da regra áurea trazido por  Jesus está na misericórdia que deve guiar os atos do indivíduo, princípio  enunciado no "amar aos seus inimigos", de ainda muito difícil aceitação na  atualidade. Finalmente o Espiritismo entende que essa "libertação" espiritual se  estende a todos os indivíduos na Terra, não há condição para que eles pertençam  a essa ou aquela denominação religiosa (nem mesmo ao próprio Espiritismo).  
   Ademir Luiz Xavier Junior
As polêmicas envolvendo o Espiritismo
                                                                                                           Wellington Balbo – Bauru - SP
 
Na última semana foram duas polêmicas envolvendo o Espiritismo. A  primeira com  os jogadores do Santos Futebol Clube que se recusaram a entrar em  instituição  espírita para distribuição de ovos de páscoa. Os atletas merecidamente  foram  criticados pela opinião pública. Sem querer fizeram o espiritismo entrar  na  mídia esportiva. Foram debates acalorados em diversos programas e até  rasgados  elogios do comentarista Neto, da TV Bandeirantes, ao nosso querido Chico  Xavier.
  Como pode perceber o caro leitor, o feitiço virou contra o feiticeiro. A  segunda  e mais recente polêmica refere-se a ingênua reportagem da revista  SUPERINTERESSANTE tentando desmerecer a figura notável de Chico Xavier.  Obviamente não obtiveram êxito. A vida de Chico é um hino à verdade. Sem  contar  que o médium mineiro é cidadão do mundo, amado pelas pessoas  independentemente  de religião. Prova disso é o sucesso do filme sobre a sua vida que vem  lotando  os cinemas do Brasil. Chico é muito maior que essas querelas.  Constatamos que o  editor e a jornalista da SUPERINTERESSANTE foram muito inocentes na  elaboração  da matéria. Não pesquisaram e expuseram-se ao ridículo.
Sempre digo aos alunos: Vai estudar, menino! Vai estudar pra não falar  besteira!  Os responsáveis pela revista falaram muita besteira.
Aconselho-os: Vão estudar, vão estudar pra não escrever besteiras!
Os espíritas naturalmente mostraram indignação diante de tamanhas  abobrinhas.  Richard Simonetti, um dos grandes pensadores espíritas da atualidade,  tratou de  jogar luz no assunto e elaborou esclarecedora carta ao editor da  revista. A  manifestação do escritor bauruense está “voando baixo” pela internet.  Alamar  Régis e outros espíritas também manifestaram a opinião de forma  contundente  contra a reportagem.
Excelente essas manifestações, pois vemos a Doutrina Espírita recebendo  atenção.  Certamente inúmeras pessoas irão ler sobre as polêmicas e buscar  verificar quem  está com a razão. Quem sabe surgirão mais estudiosos das leis da vida  tão bem  explicadas pela espiritualidade.
A propósito, lembro-me de um comentário de Kardec que consta na obra  Viagem  Espírita em 1862. Narra o codificador que um pregador aventurou-se na  tribuna e  sem piedade levantou vozes contra o espiritismo. Pregava entusiasmado:  Espiritismo é coisa do demônio! Doutrina anticristã!
No entanto, a platéia que o escutava jamais ouvira falar de Doutrina  Espírita. O  desavisado pregador atiçou a curiosidade das pessoas presentes na  platéia para  conhecer o tal de Espiritismo. Conta Kardec que algum tempo depois  naquele local  nascia um grupo de estudos para conhecer a Doutrina Espírita que fora  tão mal  apresentada pelo orador.
As críticas infundadas e os absurdos que atualmente algumas pessoas  cometem  contra o Espiritismo irão alçá-lo cada vez mais ao patamar de destaque  que  merece, porquanto os críticos serão combatidos e surpreendidos em suas  incoerências por estudiosos da doutrina codificada por Allan Kardec que,  diga-se  de passagem, jamais se calarão ante asneiras proferidas por palpiteiros  de  plantão.
Os atletas do Santos e jornalistas da SUPERINTERESSANTE obviamente não  sabem que  em sua ignorância, à semelhança daquele pregador desinformado, abriram  mais  janelas para a penetração das idéias que tentaram combater. Pela  excelência de  seus princípios o Espiritismo entrará por essas brechas abertas pelos  desavisados, quer eles queiram ou não. 
Fonte:www.garanhunsespirita.com.br
NOTA DE GARANHUNS ESPÍRITA: Reputamos de grande importância o artigo enviado por Sônia
A Propósito das Homenagens a Chico Xavier

por Cláudio Luciano
   Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? “Por  fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos.  Quando estes o quiserem, preponderarão.” (01)
"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas  boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (02)
  Muito se tem falado e escrito sobre as homenagens pelo centenário do nascimento  de Francisco Cândido Xavier: são artigos, palestras, filmes, eventos dos mais  diversos e em diversas partes do nosso país, quiçá do planeta. Alguns defendem  ardorosamente e outros a combatem como a uma praga.
Acho que o amigo leitor já deve ter percebido, pelas citações acima, a tendência  que seguirá este modesto artigo: sou a favor!
Vemos todos os dias, a criatura humana homenagear pessoas, encarnadas ou  desencarnadas, algumas notoriamente equivocadas em sua conduta. Vemos criminosos  serem admirados por seus feitos, como se fossem heróis, Hobins Hoods modernos.
Lembro bem que, há alguns anos, propuseram a construção de uma estátua para  Lampião, o Rei do Cangaço e foi a maior confusão, principalmente, porque um dos  soldados que participou da morte de Lampião ainda estava vivo (se ainda está,  não sei) e criticou duramente a idéia: homenagear um assassino!
Muito se tem dito que Chico “deve estar sofrendo com isso” — será mesmo? Alguém  já recebeu mensagens dele, dele mesmo (03), destaco, afirmando isso? Todos nós  sabemos que o Chico era e é muito humilde, mas isso não invalida a lembrança dos  seus feitos. Muito pelo contrário, vem reforçar a necessidade de divulgá-los  para todo o mundo.
Ora, é bastante curioso que vivemos reclamando que ninguém faz o bem, que só os  maus conseguem vitórias. A mídia, principalmente, adora divulgar tudo o que não  presta em nosso mundo e quando surge a oportunidade de divulgar a vida e a obra  de alguém que fez e faz realmente a diferença, surgem críticas de todos os  lados?
Terá Chico passado procuração para as pessoas falarem em nome dele dizendo que  não queria homenagens?
Quando encarnado, ele recebeu várias homenagens e não foi grosso com ninguém.  Soube ser humilde! O único cuidado que é preciso ter é com o endeusamento ao  médium. Isso deve passar longe de nossas mentes. Se fosse católico, já teria  sido canonizado como o segundo santo brasileiro, e como até os Espíritas têm  essa mania de endeusar médiuns, é preciso muito cuidado.
Homenagear Chico é mostrar ao mundo que existem pessoas boas que fazem o Bem  conforme os preceitos do Evangelho.
Homenagear Chico é mostrar ao mundo um corajoso e valoroso médium Espírita que o  mundo conheceu; que soube caminhar por entre pedras e espinhos, entre pessoas de  diversas classes, que não criticou a crença de ninguém e que, nem mesmo  desencarnado, deixa de ser alvo de críticas e o pior, dos próprios Espíritas!
O único senão, com o qual concordamos, é o custo dos eventos: têm de ser  barateados, caso contrário estaremos elitizando o Movimento Espírita. Não é  preciso realizar congressos em locais caríssimos sob o pretexto de conforto.  Eventos Espíritas tem de ser abertos ao público de todas as classes e ponto  final.
Fizeram um filme sobre Chico? Que bom! Deveriam fazer uns dez ou mais! Ora,  esta! Corremos ao cinema para assistir filmes de monstros, guerras, vampiros,  paixões de Cristo e não podemos ter um filme Espírita, por conta da humildade de  Chico? Todo ano, no mês de abril deveríamos comemorar o nascimento de Chico,  para que ninguém esqueça da sua história.
Quem não se lembra quando Fernando Collor de Melo o visitou? Teve gente  criticando o Chico por isso. Ainda mais essa! Quando artistas famosos o  visitavam? Tinha gente falando mal do Chico.
Se Chico tivesse sido um criminoso famoso, já teria vários filmes, peças, livros  e por ai vai.
Vamos sim, prestar homenagens ao Chico, um legítimo apóstolo de Jesus para que a  luz dele brilhe, como determinou Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante  dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que  está nos céus.”
A humildade é um anjo mudo, afirma André Luiz e o Chico sempre foi mudo, sempre  foi esse anjo!
Agora, será que deveríamos deixar em branco a lembrança de Chico somente porque  ele é humilde de coração? Então vamos esquecer também de Kardec, chamado por  Flamarion de “o bom senso encarnado” e não nos preocuparmos com a história do  Espiritismo no Brasil e no mundo, até que um dia alguém pergunte: quem foi esse  tal de Chico? Nunca ouvi falar! Vamos esquecer Bezerra, Yvonne Pereira e tantos  outros legítimos seguidores do Cristo de Deus?
Ou será que preferimos os heróis que morreram de overdose?



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